No mundo corrido em que vivemos, os dias da semana passam voando, muitas vezes sem que nos detenhamos para pensar na origem de seus nomes. Segunda-feira, terça-feira, quarta-feira… tudo parece tão óbvio, não é mesmo?
Mas, se você já se perguntou por que todos os dias da semana, exceto o domingo, terminam com “feira”, prepare-se para uma viagem no tempo recheada de história, astrologia e um toque de fé. Saiba o motivo de todos os dias, menos do final de semana, terem “feira” em seu nome.
Mercúrio, Marte, Vênus e Cia
Em suas origens, os nomes dos dias da semana eram um tributo aos astros que regiam cada um deles, de acordo com a astrologia da época. Assim, o domingo era dedicado ao Sol, a segunda-feira à Lua, a terça-feira a Marte, a quarta-feira a Mercúrio, a quinta-feira a Júpiter, a sexta-feira a Vênus e o sábado a Saturno.
Com a ascensão do cristianismo, essa ordem celestial precisou se adaptar.
- O domingo, por ser considerado o dia da ressurreição de Jesus, passou a ser chamado de “Dominica”, o Dia do Senhor;
- Já o sábado, por ser associado ao descanso judaico, foi renomeado como “Sabbatum”.
São Martinho de Braga e a batalha contra os Demônios dos dias
Mas a história não para por aí! Na Península Ibérica, durante o século VI, o bispo São Martinho de Braga travou uma batalha contra os nomes pagãos dos dias da semana. Ele acreditava que homenagear deuses romanos era um ato de idolatria e que os dias criados por Deus não podiam ter nomes demoníacos.
Números em ação: uma solução prática e definitiva
Diante dessa convicção, São Martinho propôs uma solução simples e eficaz: numerar os dias da semana. Assim, a segunda-feira se tornou a “segunda feira”, a terça-feira a “terceira feira” e assim por diante, até chegarmos ao sábado, a “sexta feira”.