O futuro do Allianz Parque, casa do Palmeiras, está em meio a uma disputa judicial entre o clube e a WTorre, empresa responsável pela construção e administração do estádio. A situação gera dúvidas e apreensões entre os torcedores, que temem a possibilidade de perder o icônico estádio.
O que está em jogo?
O Palmeiras cobra da WTorre cerca de R$ 160 milhões referentes a repasses por eventos e acordos realizados no Allianz Parque. Em junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da WTorre para barrar a cobrança, o que significa que a empresa precisa apresentar garantias de que pode pagar a dívida.
Qual o risco de o Palmeiras perder o estádio?
Apesar da dívida e da disputa judicial, é importante destacar que o risco de o Palmeiras perder o Allianz Parque é extremamente baixo. O contrato de parceria entre o clube e a WTorre para administração do estádio tem duração de 30 anos, com término previsto para 2044. Ou seja, mesmo que a WTorre não consiga quitar a dívida, o clube ainda tem um longo tempo de uso garantido do local.
Novos capítulos na disputa
- A WTorre entrou com um recurso para tentar reverter a decisão do STJ e evitar a necessidade de apresentar garantias.
- A empresa também está na Justiça cobrando a exibição de documentos por parte de seus credores, buscando entender as condições da venda de um financiamento ao Banco do Brasil para a Enforce, empresa de recuperação de crédito do BTG Pactual.
- A WTorre acusa a Enforce de ter comprado a dívida com o objetivo de tomar posse do Allianz Parque, mesmo que a dívida esteja em dia, segundo a construtora.
No balanço financeiro de 2023, o Palmeiras indica que espera receber R$ 121,5 milhões da Real Arenas, sem contar juros e correções monetárias. Esse valor é menor que o cobrado no processo, o que explica a diferença na quantia.