A Islândia, conhecida por sua impressionante atividade vulcânica, está novamente no centro das atenções após um novo evento de erupção na península de Reykjanes. Este fenômeno natural destaca a contínua atividade geotérmica na região
Na noite de quinta-feira, 22 de agosto, um vulcão localizado no sudoeste da Islândia entrou em erupção, marcando a sexta vez desde dezembro de 2023 que um evento desse tipo é registrado na região.
O vulcão está situado na península de Reykjanes, uma área que se estende ao sul da capital Reykjavik e abriga cerca de 30 mil pessoas, o que representa aproximadamente 8% da população islandesa.
Características da erupção
- Fenda de erupção: A lava está sendo expelida por uma fenda de 3,9 km de extensão, que se expandiu 1,5 km em apenas 40 minutos. Esse fenômeno revela a magnitude e a intensidade da erupção atual.
- Histórico recente: A última erupção na região começou no final de maio e durou 24 dias, terminando em 22 de junho. Durante esse período, fontes de magma foram observadas ao longo da mesma fenda que agora está ativa novamente.
Desde 2021, a península de Reykjanes tem experimentado uma série de erupções, totalizando nove eventos desde então. Essa atividade é particularmente notável porque se segue a um período de 800 anos em que os sistemas geológicos da região estavam relativamente inativos.
Impacto das erupções
- Segurança da população: Em resposta ao novo evento, moradores próximos foram evacuados para garantir sua segurança. A TV estatal RUV reportou que as evacuações foram realizadas de forma eficaz, evitando qualquer incidente com a população local.
- Infraestrutura: Para proteger a infraestrutura, como a usina geotérmica de Svartsengi e o famoso spa ao ar livre Blue Lagoon, autoridades islandesas construíram barreiras artificiais para redirecionar os fluxos de lava, minimizando danos potenciais.
A cidade de Grindavik, que abriga cerca de 4 mil pessoas e é um dos principais portos de pesca da Islândia, tem sofrido com o aumento da atividade vulcânica. A crescente ameaça provocou um quase abandono da cidade.
Com mais de 30 vulcões ativos no país, a gestão dos riscos associados a essas erupções permanece um desafio constante, mas também um campo rico para a descoberta científica e a inovação tecnológica.