No calendário dos paulistas, o mês de julho traz um dia especial de celebração com o feriado estadual em memória da Revolução Constitucionalista de 1932. Marcado para o dia 9, este feriado é uma oportunidade para entender um dos capítulos mais importantes da história de São Paulo.
A Revolução Constitucionalista foi um movimento intenso na luta pela democracia no Brasil. Em 1932, o descontentamento com o governo provisório de Getúlio Vargas atingiu um ponto crítico em São Paulo, motivando um levante que se estendeu por meses.
O estopim ocorreu em maio daquele ano, com a morte trágica de quatro estudantes de Direito — Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo — que se tornaram símbolos do movimento, lembrados pelo acrônimo MMDC.
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O conflito foi uma batalha pela autonomia estadual e pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. São Paulo liderou ao lado de Mato Grosso e Rio Grande do Sul, em uma resistência que custou vidas e deixou marcas profundas na história brasileira.
Durante três meses, os constitucionalistas lutaram contra as forças federais até que, em outubro de 1932, o governo paulista foi temporariamente deposto e substituído por autoridades federais.
Os números exatos das baixas ainda são debatidos, mas estima-se que cerca de 2 mil pessoas perderam suas vidas no conflito, entre combatentes e civis. Milhares mais foram feridos, deixando um legado de sacrifício e determinação.