O Ministério da Saúde confirmou nesta última quinta-feira, 25, as primeiras mortes por febre do oropouche no Brasil. Até então, a literatura científica mundial não havia registrado óbitos causados por esta doença, transmitida principalmente pelo mosquito conhecido como “maruim” ou “mosquito-pólvora”.
As vítimas foram duas mulheres jovens, com menos de 30 anos, residentes no interior da Bahia e sem comorbidades. Elas apresentaram sintomas semelhantes aos de um quadro grave de dengue, o que inicialmente dificultou a identificação da doença. As mortes ocorreram em maio e junho deste ano, mas só agora, após diversos exames, foi possível confirmar que a febre do oropouche foi a causa dos óbitos.
Portnato, o estado da Bahia enfrenta um grande número de infectados. Desde março, 835 casos foram confirmados, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
A febre do oropouche apresenta sintomas similares aos da dengue, como febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de erupções cutâneas. Em casos raros, a doença pode levar a complicações graves, como meningite ou encefalite, que afetam o sistema nervoso central.
Como se prevenir da febre do oropuche?
Assim como a dengue, a febre do oropouche não possui um tratamento específico. A orientação do Ministério da Saúde é que os pacientes descansem, recebam tratamento para alívio dos sintomas e sejam acompanhados por médicos.
Para prevenir a doença, as seguintes medidas são recomendadas:
- Evitar áreas com muitos mosquitos: Se possível, evite locais onde a presença de mosquitos é alta, especialmente durante o amanhecer e o entardecer, quando eles são mais ativos.
- Usar roupas que cubram o corpo: Vestir camisas de manga longa, calças e meias pode reduzir as áreas expostas da pele.
- Aplicar repelente: Utilize repelentes nas partes do corpo que ficam descobertas. Certifique-se de reaplicar conforme indicado no rótulo do produto.
- Manter a casa limpa: Elimine locais de reprodução de mosquitos, como água parada em vasos, pneus, garrafas e folhas acumuladas.
A confirmação das primeiras mortes por febre do oropouche no Brasil acende um alerta para a necessidade de prevenção e vigilância. Com a adoção de medidas simples e eficazes, é possível reduzir o risco de contaminação e proteger a saúde da população.