O Banco Central do Brasil anunciou novos avanços no projeto da moeda virtual DREX, movendo-se para uma segunda fase experimental que envolve a implementação de smart contracts. Essa etapa é crucial para testar a viabilidade técnica e a segurança das operações financeiras automatizadas, além de promover a inclusão financeira no país.
Na primeira fase, os testes foram limitados às infraestruturas e serviços internos do Banco Central. O objetivo era garantir que a moeda virtual DREX atendesse aos critérios rigorosos de segurança e eficiência. Esses testes preliminares estabeleceram uma base sólida para as fases subsequentes.
Expansão para smart contracts
Com a transição para a segunda fase, o projeto DREX ampliará seu escopo para incluir smart contracts, contratos automatizados que serão geridos por participantes autorizados fora do Banco Central. Essa inovação permitirá a interação da Drex com diversos modelos de negócios e ativos não regulados pelo Banco Central, necessitando da colaboração de órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Para o terceiro trimestre deste ano, o Banco Central planeja abrir um período para o recebimento de propostas de novos casos de uso da DREX. Assim, a previsão é que, até o fim do primeiro semestre de 2025, os novos participantes possam testar e validar a implementação de seus smart contracts, marcando um avanço significativo na adoção da moeda virtual.
Potencial do DREX no Bolsa Família
Uma das aplicações mais promissoras do DREX é sua utilização no pagamento de programas de assistência social, como o Bolsa Família. Portanto, para garantir a eficácia e segurança desse método de pagamento, o Banco Central planeja um teste inicial envolvendo 5% dos beneficiários do programa. Esse teste permitirá uma avaliação abrangente do impacto e viabilidade antes de uma implementação em larga escala.
No entanto, o avanço do projeto DREX demonstra a abordagem meticulosa do Banco Central em incorporar inovações tecnológicas ao sistema financeiro brasileiro. Por fim, a moeda virtual não só promete transformar os serviços financeiros com maior transparência e eficiência, mas também tem o potencial de promover a inclusão financeira, beneficiando milhões de brasileiros.