Porto Alegre voltou a sofrer com fortes chuvas na madrugada desta última quinta-feira, 23, resultando em alagamentos em diversas regiões. O volume de chuva ultrapassou 100 milímetros em 15 horas, afetando principalmente a Zona Sul da capital.
O prefeito Sebastião Melo afirmou que, embora a prefeitura estivesse preparada para a chuva, a intensidade foi maior do que o esperado. “Nós sabíamos que ia chover, mas a quantidade foi excessivamente forte”, disse Melo. Vários bairros, incluindo Centro Histórico, Menino Deus e Ipanema, foram afetados. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) relatou 86 ocorrências de alagamento, com várias ruas bloqueadas.
Problemas de drenagem
Maurício Loss, diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), negou um colapso no sistema de drenagem, mas destacou que o acúmulo de areia e lodo das cheias anteriores diminuiu a eficiência das galerias pluviais. Além disso, apenas 10 das 23 estações de bombeamento estão funcionando, agravando a situação.
Em resposta à situação, o governo suspendeu as aulas nas redes pública e privada. A Agência Nacional de Águas (ANA) informou uma elevação de 14 centímetros no nível do Guaíba durante o dia.
Previsão é de mais chuva em Porto Alegre
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta sobre a chegada de uma nova massa de ar polar e a formação de um ciclone extratropical no oceano. A previsão inclui ventos de até 100 km/h na costa do estado e a possibilidade de queda de granizo.
O Rio Grande do Sul registra até então 163 mortes e 72 desaparecidos devido aos temporais desde 29 de abril. Mais de 647 mil pessoas estão fora de suas casas, incluindo desabrigados e desalojados.
Por fim, Porto Alegre continua em alerta enquanto as autoridades trabalham para lidar com os impactos das chuvas intensas e garantir a segurança da população.