O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é um registro nacional mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do Brasil. Ele documenta a movimentação de empregos formais no país, incluindo admissões, desligamentos e outras alterações nas relações trabalhistas com base na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O Caged é uma ferramenta crucial para o governo acompanhar as tendências do mercado de trabalho, além de ser um importante indicador econômico para análises e formulação de políticas públicas.
Abertura de 244.315 vagas formais
O Caged divulgou recentemente que, em março de 2024, o Brasil registrou a abertura de 244.315 vagas formais de emprego. Este resultado mostra um forte desempenho, embora seja uma desaceleração em relação a fevereiro, quando foram criadas 306.708 vagas formais. Apesar dessa desaceleração, o número de março foi o mais alto para esse mês desde 2010, quando houve a criação de 266.415 empregos.
O resultado do Caged para março superou as expectativas da pesquisa da Reuters, que projetava a abertura de 188.000 vagas formais. O dado também foi superior ao observado no mesmo mês do ano anterior, quando 195.171 vagas formais foram abertas.
Além disso, o resultado acumulado dos três primeiros meses de 2024 é positivo, com um saldo de 719.033 empregos formais, significativamente superior ao mesmo período de 2023, que teve um saldo de 536.869 empregos.
Em março, houve saldo positivo de vagas em quatro dos cinco grandes setores da economia: serviços, com 148.722 postos abertos; comércio, com 37.493; indústria, com 35.886; e construção, com 28.666. A agropecuária foi o único setor com saldo negativo, fechando 6.457 vagas, principalmente devido à queda nos cultivos de maçã, soja e laranja.
O Caged também apontou que 25 das 27 unidades federativas do Brasil registraram saldo positivo de vagas em março, com São Paulo liderando a criação de empregos, somando 76.941 novos postos. Alagoas teve o pior resultado, fechando 9.589 vagas.
O salário médio real de admissão em março ficou em R$ 2.081,50, uma leve queda em relação a fevereiro, que foi de R$ 2.086,75. Essa variação salarial indica uma estabilização nos valores pagos aos trabalhadores que ingressam no mercado formal, refletindo uma economia que busca se ajustar a diversas pressões inflacionárias e outros desafios econômicos.