A baixa umidade do ar tem sido um problema crescente em diversas regiões do Brasil, afetando a qualidade de vida e a saúde de muitas pessoas. Com a umidade relativa do ar caindo abaixo dos níveis recomendados, é essencial adotar medidas adequadas para reduzir os impactos adversos.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas para várias cidades, indicando que a umidade tem variado entre 20% e 30%, e em algumas áreas, até mesmo abaixo de 12%. Neste contexto, é fundamental entender como a baixa umidade pode afetar a saúde e o que fazer para proteger o bem-estar.
Efeitos da baixa umidade no corpo
- Ressecção da pele e das mucosas: A baixa umidade do ar pode causar ressecamento da pele, aumentando a sensação de desconforto e a propensão a irritações e cicatrizes. Mucosas como os olhos, garganta e nariz também ficam ressecadas, o que pode levar a desconforto e sintomas como dor de garganta e nariz seco.
- Agravamento de condições respiratórias: Pessoas com condições respiratórias preexistentes, como sinusite, podem sentir um agravamento dos sintomas durante períodos de baixa umidade. O ar seco pode intensificar a inflamação e o estresse nas vias respiratórias, tornando os sintomas mais graves.
Medidas preventivas e cuidados
Umidade relativa do ar entre 30% e 20% – Estado de Atenção:
- Evitar exercícios físicos intensos : Entre 11 e 15 horas, a radiação solar é mais intensa e o ar está mais seco, o que pode agravar a desidratação. É necessário evitar atividades físicas ao ar livre nesse período.
- Umidificação do ambiente : Utilize vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água para aumentar a umidade do ambiente. Isso ajuda a prevenir o ressecamento das mucosas e da pele.
- Proteção solar : Sempre que possível, fique em locais protegidos do sol para reduzir o impacto do calor e da radiação solar.
- Hidratação : Beba bastante água para manter o corpo hidratado. A secagem adequada de líquidos é fundamental para compensar a perda de umidade.
Umidade Relativa do Ar entre 20% e 12% – Estado de Alerta:
- Seguir Recomendações do Estado de Atenção : Continue aplicando as medidas mencionadas no estado de atenção.
- Reduzir Atividades Físicas ao Ar Livre : Supressão de exercícios físicos e trabalhos ao ar livre deve ser considerada entre 10 e 16 horas, quando a umidade está mais baixa.
- Evitar Aglomerações : Em ambientes fechados, a umidade baixa pode aumentar a propagação de vírus e bactérias. Evite aglomerações para minimizar o risco de doenças respiratórias.
- Uso do soro fisiológico : Utilize o soro fisiológico para hidratar os olhos e as narinas, ajudando a aliviar a sensação de ressecamento e desconforto.
Umidade relativa do ar abaixo de 12% – Estado de Emergência:
- Seguir recomendações dos estados anteriores : Mantenha todas as medidas preventivas mencionadas anteriormente.
- Suspensão de atividades ao ar livre : Atividades como aulas de educação física, coleta de lixo e entrega de correspondências devem ser suspensas entre 10 e 16 horas para proteger a saúde dos trabalhadores.
- Reduzir aglomerações em recintos fechados : Atividades que envolvem grandes aglomerações, como aulas e eventos em cinemas, devem ser evitadas nesse período.
- Manter umidade nos ambientes internos : É essencial garantir que ambientes internos, especialmente quartos de crianças e hospitais, mantenham níveis adequados de umidade para evitar problemas de saúde.
Estratégias para melhorar o conforto em áreas urbanas
Em cidades como Belo Horizonte, onde a umidade chegou a 26%, iniciativas como a instalação de estações com bebedouros e nebulizadores foram eficazes para melhorar o conforto das pessoas.
Essas estações proporcionam um alívio temporário, ajudando a tornar o ar mais agradável e aliviando o desconforto causado pela baixa umidade.