As mudanças climáticas continuam a apresentar impactos cada vez mais reais e alarmantes ao redor do mundo. Recentemente, um estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) trouxe à tona projeções preocupantes sobre o futuro das cidades costeiras, indicando que até 2050 várias delas poderão ser submersas pelo aumento do nível do mar.
Entre elas, destacam-se duas importantes cidades brasileiras: Santos, no estado de São Paulo, e Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro.
O estudo, fundamentado em dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Climate Impact Lab (CIL), revela que áreas críticas como América Latina, Caribe, Pacífico e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento estão particularmente vulneráveis.
Segundo as projeções, até metade do século, um número de cidades costeiras, que atualmente abrigam aproximadamente 5% da população urbana global, enfrentarão sérios riscos de inundação permanente.
Contexto climático e impacto econômico
O estudo chega em momento estratégico, antecedendo a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP28), agendada para ocorrer entre 30 de novembro e 12 de dezembro de 2023. Ele destaca a urgência de ações globais coordenadas para reduzir os efeitos das mudanças climáticas, que não apenas ameaçam a infraestrutura física das cidades costeiras, mas também seu tecido social e econômico.
Recentemente, o Brasil foi testemunha de eventos climáticos extremos, como a intensa onda de calor que elevou os termômetros a recordes de 42ºC.
Cidades brasileiras
O estudo identifica Santos e Rio de Janeiro como pontos críticos no mapa global das cidades ameaçadas pelo aumento do nível do mar.
Segundo os dados, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, Santos e Rio de Janeiro poderão enfrentar uma realidade onde partes de seus territórios urbanos se tornarão permanentemente inundados até o final do século.
O relatório da ONU adverte que outras cidades ao redor do mundo enfrentarão problemas similares. Entre as cidades listadas como altamente vulneráveis estão Guayaquil (Equador), Barranquilla (Colômbia), Kingston (Jamaica), Cotonou (Benin), Kolkata (Índia), Perth, Newcastle e Sydney (Austrália). O estudo destaca que medidas urgentes de adaptação são essenciais para reduzir os riscos de inundação em áreas urbanas costeiras.
Diante dessas mudanças, a COP28 se apresenta como uma plataforma para promover políticas climáticas mais comprometidas, visando assegurar um futuro sustentável para todas as nações.