O anúncio do Nubank sobre seu novo chip de celular, em parceria com a Claro, despertou uma série de discussões e análises sobre como essa incursão pode afetar o cenário da telefonia móvel no Brasil.
O Nubank entrou de forma discreta no setor de telecomunicações, obtendo uma licença de Mobile Virtual Network Operator (MNVO) em parceria com a Claro. A XP destacou o movimento como um “cisne roxo”, sinalizando que poderia ameaçar concorrentes estabelecidos como a Vivo e a TIM.
Enquanto a XP expressou otimismo sobre o potencial do Nubank no setor, prevendo um market share de até 7% nos próximos três anos, o Bradesco BBI adotou uma visão mais cética. O Bradesco BBI destacou os desafios enfrentados pelas empresas de telefonia móvel, questionando se o Nubank estava indo na direção certa.
Desafios e oportunidades
O modelo de negócio de MNVO envolve oferecer planos de telefonia móvel sob a marca do parceiro, utilizando a capacidade de rede da operadora principal.
Enquanto a XP vê vantagens no baixo custo de aquisição e na participação de mercado do Nubank em recargas, o Bradesco BBI destaca os desafios em competir com operadores estabelecidos em termos de qualidade de rede e preço competitivo.
A parceria de revenue share do Nubank com a Claro pode alinhar melhor os interesses, mas a experiência anterior da Porto Seguro mostra que entrar nesse mercado sem sucesso é uma possibilidade real.
Impacto no mercado
A entrada do Nubank ocorre em um momento em que o mercado de telefonia móvel está se tornando mais racional em termos de preços, com a saída da Oi, o que pode criar espaço para uma nova abordagem.
A possibilidade do Nubank replicar seu sucesso no setor bancário, oferecendo preços mais baixos e uma melhor experiência do usuário, poderia alterar significativamente o jogo no mercado de telecomunicações.