A Geração Z, também conhecida como Gen Z, é composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010. Eles são a primeira geração a crescer em um mundo totalmente conectado, tendo acesso à internet, smartphones e redes sociais desde a infância. Diferente das gerações anteriores, eles são considerados “nativos digitais”, já que estão imersos em tecnologia desde muito cedo, o que moldou sua visão de mundo e seus hábitos de consumo de informações.
Em comparação com a geração anterior, os millennials, a Geração Z é conhecida por ser mais pragmática e voltada para resultados. Enquanto os millennials buscaram ambientes de trabalho flexíveis e uma cultura mais descontraída, a Geração Z tende a valorizar a estabilidade e a segurança no emprego. Eles também demonstram maior consciência social e ambiental, preocupando-se com questões como sustentabilidade e inclusão.
Outra diferença marcante entre a Geração Z e a geração anterior é a relação com a família. A Gen Z frequentemente mantém uma relação próxima com os pais, buscando conselhos e orientação em diversas áreas da vida, inclusive no trabalho. Isso pode ser reflexo da forma como foram criados, com pais mais protetores e envolventes, que incentivaram a dependência para tomadas de decisão importantes.
Pais participam de entrevistas para apoiar filhos
O tema da matéria aborda uma tendência recente entre a Geração Z: a presença dos pais em entrevistas de emprego para apoiar os filhos. Uma pesquisa revelou que muitos pais estão ativamente envolvidos na busca de emprego de seus filhos da Geração Z. Cerca de 70% dos membros da Geração Z pedem ajuda aos pais para conseguir um emprego, enquanto mais de 80% atribuem seus resultados positivos à orientação parental.
A presença dos pais vai além de simples apoio emocional. Cerca de 40% dos membros da Geração Z tiveram um dos pais os acompanhando em entrevistas presenciais, e quase 30% relatam que um deles chegou a participar das entrevistas, falando diretamente com os recrutadores. Em entrevistas virtuais, a presença dos pais é ainda mais comum, com 71% dos entrevistados dizendo que um dos pais estava presente, mesmo que fora das câmeras.
Essa mudança no comportamento da Geração Z pode ser atribuída a uma série de fatores, incluindo a falta de confiança ao entrar no mercado de trabalho, o impacto da pandemia do COVID-19 e o envolvimento mais próximo dos pais na vida dos filhos. Enquanto alguns empregadores veem essa interferência como um obstáculo para a independência dos candidatos, outros consideram uma forma de entender melhor a dinâmica familiar e o apoio que os jovens recebem.
No entanto, a presença dos pais em entrevistas de emprego levanta questões sobre a capacidade da Geração Z de agir com autonomia no ambiente de trabalho. É fundamental que os empregadores e recrutadores equilibrem o apoio familiar com a necessidade de independência e responsabilidade pessoal dos jovens profissionais para garantir processos seletivos justos e eficazes.